O Que Você Nunca Deve Fazer ao Pedir Aposentadoria no INSS

O Que Você Nunca Deve Fazer ao Pedir Aposentadoria no INSS

Você está prestes a descobrir o que você nunca deve fazer ao pedir aposentadoria no INSS — e isso pode significar a diferença entre receber um benefício justo ou ficar anos no prejuízo. 

Nos bastidores do INSS, o que se vê são milhares de pedidos negados ou concedidos com valores muito abaixo do que o trabalhador realmente teria direito. 

E o pior: em grande parte dos casos, por erros simples e evitáveis!

O problema é que muita gente acredita que pedir aposentadoria é só clicar em “requerer” no site do Meu INSS. 

Mas por trás desse clique podem estar falhas no CNIS, períodos não averbados, regras mal escolhidas e oportunidades ignoradas, como a aposentadoria para pessoas com deficiência.

E aqui, neste artigo, você vai ficar por dentro dos principais equívocos cometidos com quem pede a aposentadoria no INSS sem a devida preparação, inclusive, como evitar cada um deles!

Vamos lá?

Sumário

Por Que Muitos Têm Aposentadoria Negada no INSS ou Menor do que Esperavam?

Milhares de brasileiros saem frustrados da experiência com o INSS. Muitos acreditam que, ao cumprir o tempo mínimo de contribuição ou atingir a idade exigida, o benefício será automático e vantajoso. Mas a realidade é outra.

Segundo dados oficiais do próprio INSS, mais de 40% dos pedidos de aposentadoria são negados na primeira análise

Entre os aprovados, uma parcela significativa recebe um valor inferior ao que teria direito, muitas vezes sem nem perceber. 

O problema está nos bastidores: erros não identificados, documentos mal organizados e escolhas erradas de regra de cálculo.

Uma das causas mais comuns desse cenário é a confiança cega nos simuladores gratuitos — especialmente no próprio site do Meu INSS. 

Embora sejam ferramentas úteis para uma primeira estimativa, não consideram períodos especiais, contribuições irregulares ou pendências judiciais

Assim, o trabalhador toma decisões com base em informações incompletas.

Além disso, esses simuladores do INSS não comparam todas as regras de transição ou analisam qual cenário oferece o melhor valor possível de benefício

Resultado? Gente que poderia se aposentar com R$ 3.000, acaba recebendo R$ 2.100 por falta de planejamento.

Esse é o custo da falta de um planejamento previdenciário feito por um advogado especialista em aposentadoria, além disso:

A falta de orientação adequada leva o segurado a erros como:

  • ​​Escolher a regra mais rápida, mas não a mais vantajosa;
  • Ignorar vínculos que não aparecem no CNIS;
  • Deixar de averbar tempo insalubre, rural ou judicialmente reconhecido.

Os 6 Erros que Você Nunca Deve Cometer ao Pedir Aposentadoria

Pedir aposentadoria parece simples, mas uma escolha mal feita, um documento ignorado ou um detalhe não conferido pode custar milhares de reais por mês

A seguir, você vai entender os erros mais comuns que os brasileiros cometem ao se aposentar, e como evitar cair nessas armadilhas silenciosas.

Pedir sem Conferir a Melhor Regra de Aposentadoria

Desde a Reforma da Previdência de 2019, o sistema ficou mais complexo e repleto de regras de transição. 

E aqui está o problema: muitos segurados pedem a aposentadoria pela primeira regra que aparece, geralmente a mais rápida, sem analisar se ela é, de fato, a mais vantajosa.

Vamos a um exemplo prático:

  • João tem 61 anos e 35 anos de contribuição.
  • Por uma regra, ele se aposentaria com R$ 3.100.
  • Por outra regra, caso ele espere talvez mais 1 ano, poderia receber R$ 3.850.

A diferença está no fator de cálculo, no tempo extra de contribuição e na média salarial usada. 

Ou seja, escolher mal pode reduzir o valor do seu benefício pelo resto da vida.

Ignorar a Possibilidade de Aposentadoria como Pessoa com Deficiência (PCD)

Esse é um dos erros mais invisíveis, e mais caros.

Muita gente que tem alguma limitação física, intelectual ou sensorial nunca sequer considerou que poderia ser enquadrada como PCD para fins previdenciários. 

Mas se for, as regras são muito mais vantajosas: o tempo mínimo de contribuição é menor e a média de cálculo costuma ser mais benéfica.

Pra isso, é preciso comprovar a deficiência com:

  • Laudos médicos específicos;
  • Avaliação funcional no INSS;
  • Histórico de reabilitação ou exames complementares.

Já vimos casos em que uma pessoa acelerou em até 8 anos sua aposentadoria ao ser reconhecida como PCD. 

Por isso, não descarte essa possibilidade sem investigar com atenção.

Fora que a aposentadoria da pessoa com deficiência por tempo de contribuição não possui idade mínima.

Esquecer de Averbar Períodos Especiais ou de Processos Judiciais

Um dos erros mais comuns (e também mais técnicos) é deixar de incluir períodos que poderiam antecipar ou melhorar a aposentadoria, como:

  • Tempo rural (trabalho na roça, infância no campo);
  • Tempo insalubre ou periculoso (exposição a agentes nocivos), especialmente se forem antes de 13/11/2019;
  • Período reconhecido em ação trabalhista ou judicial.

Esses tempos precisam ser comprovados oficialmente no INSS antes do pedido do contrário, é como se nem existissem.

Quem trabalhou, por exemplo, como vigilante armado ou em ambiente hospitalar por anos e não converteu esse tempo como especial, pode perder o direito à aposentadoria especial ou deixar de antecipar o benefício em anos.

Não Corrigir os Erros no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais)

O CNIS é como um extrato da sua vida profissional. E é muito comum que ele tenha erros como:

  • Vínculos empregatícios faltando;
  • Contribuições com valor zerado;
  • Dados em duplicidade ou sem data de saída.
  • Indicadores que podem desconsiderar um vínculo, caso ele não seja comprovado

Se você pedir aposentadoria com o CNIS errado, o INSS vai considerar apenas o que estiver registrado corretamente e isso pode significar uma redução brutal no tempo reconhecido e no valor do benefício.

A boa notícia: é possível corrigir! Basta reunir documentos como:

  • Carteira de trabalho;
  • Contratos de prestação de serviço;
  • Guias de recolhimento;
  • Decisões judiciais, se for o caso.

Depois, você pode solicitar o acerto pelo próprio INSS, na opção “Atualizar vínculos e remunerações”.

Veja o vídeo que fiz sobre:

Usar Simuladores do INSS ou Dicas Genéricas de Internet

Outro erro sutil, mas extremamente comum: acreditar cegamente nos simuladores automáticos, inclusive o do próprio site do INSS.

Essas ferramentas não consideram tempo especial, períodos a averbar, vínculos judiciais ou contribuições irregulares. 

Elas mostram o básico, mas a aposentadoria não é básica.

Além disso, vídeos e fóruns na internet, por mais bem-intencionados que sejam, não substituem uma análise individual. 

O que serve para um caso, pode ser desastroso para outro.

Se o seu benefício vai te acompanhar pelo resto da vida, não vale a pena correr esse risco por uma “dica de internet” ou cálculo automático feito pelo simulador do INSS.

Afinal, se o seu CNIS estiver errado, é isso que o simulador vai usar como base.

Não Buscar a Orientação de um Especialista Previdenciário

Esse é o erro que amarra todos os outros.

Quando você faz tudo por conta própria, sem conhecer as brechas legais ou os direitos que a jurisprudência já reconhece, fica totalmente vulnerável a prejuízos silenciosos. 

Já vimos casos em que um advogado conseguiu aumentar o valor do benefício em mais de R$ 1.200 mensais, só por identificar uma falha no CNIS e escolher a regra correta.

E o mais importante: uma vez concedida, a aposentadoria raramente pode ser alterada com revisão. Ou seja, você só tem uma chance de fazer certo.

Consultar um especialista pode evitar:

  • Pedido negado;
  • Aposentadoria com valor defasado;
  • Anos de espera por revisão judicial.

Como Evitar Erros e Garantir a Melhor Aposentadoria Possível

Depois de conhecer os erros mais comuns, surge a pergunta inevitável: “O que eu posso fazer para não cair nessas armadilhas?”

A resposta está em um processo que muitos ainda desconhecem, mas que tem transformado a forma como brasileiros se aposentam: o planejamento previdenciário de aposentadoria.

Ele é uma análise profunda e individualizada da sua situação previdenciária. 

Diferente de uma simples simulação, esse planejamento considera todos os aspectos da sua vida laboral e contributiva, como:

  • Qual o tempo de contribuição real (incluindo vínculos ausentes no CNIS);
  • Qual é a melhor regra de aposentadoria para o seu caso;
  • Se há tempo especial, rural ou judicial que pode ser averbado;
  • Quanto será o valor do benefício em cada cenário;
  • Quando pedir para ter o maior benefício possível
  • Se existe a possibilidade de aposentadoria PcD

Quais os principais riscos de não planejar a aposentadoria?

Uma aposentadoria mal planejada pode parecer, à primeira vista, apenas uma “economia de tempo”. 

Mas na prática, o que ela gera é prejuízo financeiro para o resto da vida.

Muitos segurados descobrem, tarde demais, que poderiam estar recebendo R$ 500, R$ 800 ou até R$ 1.200 a mais por mês, caso tivessem feito um planejamento completo antes de pedir o benefício.

Imagine:

  • Aposentadoria por toda a sua vida com valor menor
  • Dificuldade para revisar depois
  • Benefício negado ou com erro de cálculo

Isso é tudo que você não precisa ao se aposentar. Por isso, planejar a aposentadoria, é importante.

Principalmente nos cenários em que a sua renda é superior.

O Que Fazer (e Não Fazer) Para se Aposentar

Você já entendeu que o que você nunca deve fazer ao pedir aposentadoria no INSS é agir por impulso ou confiar apenas em informações genéricas. 

Quando o assunto é sua aposentadoria por toda a sua vida, cada detalhe faz diferença.

O que parece um simples pedido pode esconder erros no CNIS, períodos mal calculados e escolhas mal orientadas, que impactam diretamente no valor e até no deferimento do benefício.

A boa notícia é que com informação correta, planejamento e apoio técnico, você pode transformar esse momento em uma conquista segura e justa — sem correr riscos desnecessários.

Por isso, não tome essa decisão sozinho.

Para garantir o melhor resultado possível, busque a orientação de um advogado previdenciário especializado

Ele vai analisar seu histórico, simular todos os cenários e montar a melhor estratégia para o seu caso.

Até o próximo artigo!

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